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Mostrando postagens de outubro, 2025

gelatina de colágeno

senti esses sentimentos crescendo desde ontem, eu acho. sentimentos ruins, que agora parecem ter se transformado quase que num piripaque chulo — mas forte. sinto meu corpo molenga por fora e rígido por dentro. comecei a pensar no meu comportamento ao decorrer dos meses, e nas minhas ações, nas minhas contradições, nas minhas aventuras de merda, e não consigo relaxar, não dá. eu não quero me encontrar com ninguém, não quero apresentar nada, nenhum seminário... não tenho nem comido direito, nem bebido água, nem colocado a quantidade certa de creme no cabelo. estou me sentindo um graveto de tão fraca, tipo, porque o bosta daquele menino folgado adora fazer as suas brincadeiras estúpidas: empurrar, chutar, dar soquinhos. ah, vai se foder, cara sem noção, olha o tamanho dele comparado a mim. daí eu reclamo (COM TODA A RAZÃO) e ele ainda tem a pachorra de achar ruim kkkkkk. eu já não aguento mais homem folgado, principalmente esses moleques de merda que estão no auge da puberdade e não con...

thank u, india. thank u, terror.

chega a um ponto em que é aterrorizante se sentir parte da humanidade. eu me sinto uma peregrina numa terra de estrangeiros. li isso na camiseta da menina que se diz católica-alguma-coisa-romana... li aquilo, vi o “peregrino” sublinhado de vermelho e pensei em como está certo. tão certo. eu tenho muito medo? tenho muito medo de sentir medo? tenho medo das razões que levaram o mal a mim em forma de paranoia? o que dizer? ainda sou humana aos olhos de quem me fez? ainda sou eu quando olho para o espelho e me desconfiguro toda em buchas e sabonetes? a sua pasta ardida é comestível ou lavável? meus ouvidos doem, minhas axilas fedem, meu hálito dá náuseas, meu cabelo — de óleo no topo, de resto, sujeira e sequidão. unhas grandes e amarelas, de várias camadas, lixadas com o tempo. eu gosto desse quadrado onde vejo, de forma finita, o que não pode ser descrito. gosto do jeito que se movimenta, do jeito que se sacode nas repetições. “ah, que dor!”, doa o que for. doa o que for, porque estou at...

belo sonho cor bordô

Casse-tête    Perdre la manière Pour dire le mot Faites-moi savoir L´experience de la faim  La plus extreme pauvreté  De sens De raison  Avoir raison  C´est avoir dans une vie entière  Un mannequin de bois  Dans les mains  Et jamais être  Un vrai garçon  Je pars pour le mond  Je vais oublier le passé  Et me faire de nouveau  Chaque pièce en place  Quebra-cabeça   Perder a via  Por dizer a palavra  Me fez saber  A experiência da fome  A mais extrema pobreza  De sentido De razão  Ter razão  É ter a vida inteira  Um boneco de madeira  Nas mãos  E nunca ser  Um menino de verdade  Vou sair para o mundo  Vou esquecer o passado E fazer-me novamente  Cada peça em seu lugar

nossa, como eu detesto me sentir parte da humanidade...

não bato bem. digo, bato tão bem, que os que estão abaixam não sabem distinguir o que aquela nuvem se parece.

estalactites

vou cutucando, cutucando, quase que sem sentimento... consegue entender? se eu estivesse aqui, se eu estivesse lá, já teria passado. e então, aonde é que estou? onde foi que parei, e quando foi que não reparei a minha própria chegada? eu adiciono veneno ao seu copo, e o líquido continua igual. eu bebo do teu copo, o veneno percorre e continua igual. eu morro e me deixo no corpo como sempre foi, e continua igual. onde é que você foi? onde vai? deixei que o ventilador mirasse bem em mim, me cobrisse de frio no calor, me fizesse pensar que aquilo não era frio, e sim uma tortura que me submeti a passar. acordei com a cara (seca), com as dobras, canelas, arranhadas. acordo de noite umas 3 vezes no mínimo, começo a me arranhar inteira como se eu estivesse em uma jaula, uma gelatina — precisasse me esgueirar pra fora. não tem jeito, continua igual. o pior de tudo é ter voz de manhã, ou na hora do almoço. ter a voz que dói, a engolida de saliva que vai rasgando até o embaixo ser tão no fundo ...

"vá dormir", por quê?

é tão bizarra essa sensação que me vem justo na hora em que devo dormir porque já estou bocejando — e são 2 da manhã... estava digitando e olhei de relance no horário, COOL. fiquei lembrando de certas pessoas e então o meu dedinho já coçou em procurar como é que andam os tais seres, só que não é uma boa ideia, melhor deixar a memória paralisada, não renová-la, sei disso. é difícil, vem e não tem o que fazer. mas, agora, se você procura, a culpa é sua por abrir a ferida de novo. deixe cicatrizar, deixe cicatrizar...  e é aí que tá: por que não deixar a ferida aberta pra sempre e, a cada dia que passa, ver ela ficar mais e mais infeccionada? qual seria o problema disso? meio que crer que há uma ferida no coração só por causa das suas emoções negativas, é retardice. crer que a feridinha vai se curar e que todos os acontecimentos ruins vão passar batido um dia é mais retardice ainda. a vida enquanto vida é uma feridona horrorosa, contagiosa, depravada, que pelo visto basta colocar um c...

pizza dois queijo, pizza doce

eu adoro ficar coçando o dia inteiro, e ao mesmo tempo detesto. tava lá, eu e a minha mãe assistindo série o dia inteiro porque era sábado, né. pode ficar que nem buda em cima da cama sem culpa alguma. só que daí eu lembro que buda parece um obeso do caralho, um homem, e tudo cai por terra no meio da minha pose relaxada e do meu apetite digno de um saco sem fundo. sério, eu não paro de sentir fome. ainda bem que sou magrela e que supostamente tenho um metabolismo rápido, porque pqp, só penso em comer. quando como, já penso no que vou comer em seguida. isso acontece quando tem nada de bom pra comer nessa casa, então vou caçando e caçando, vou comendo e comendo; nunca é bom o suficiente. a fome insaciávellll, eu já sabia de sua existência. e o pior de tudo é saber que existe, que o existente tá dentro de você e não tem jeito de exterminar. também tive que secar a poça de água do chão, tive que levantar e deitar, levantar e deitar porque a menina nunca para quieta, tá sempre fazendo merda...

ibuprofeno

eu gosto de imaginar que tem etzinhos querendo sair de dentro da minha cabeça, e é por isso que dói tanto. eu também gosto de pensar que o meu pai não me fez chorar hoje perguntando o que tanto eu sinto pra eu ter que começar a ir a psicóloga na quarta que vem. e, caramba, que vontade de vomitar. eu gosto de pensar que quando o vômito vem na maciotinha assim, é porque temos que aceitá-lo. aceitar o alívio, deixar que a barreira se quebre e tudo se inunde. meu pai começou a explicar que na sociedade as pessoas precisam ser funcionais, que é assim que funciona o mundo, que eu não posso ser a pior senão serei um ser desprezível, um ser disfuncional e que, assim, ninguém vai querer ficar perto de mim. e o legal é que era pra me consolar, ou sei lá, acho que ele não entendeu nada do que eu falei. ainda bem, seria um saco ter que explicar a explicação dos meus sentimentos e o por quê me afligem tanto. se eu tivesse contado, seria como no meu outro post, "e o galo carijó", no final,...

eu quero terminar

tô com uma dor de cabeça do caralho pensando na menstruação que virá e nas merdas que aconteceram esse ano.  daí, vejo nas notificações, a minha amiga que me mandou áudios falando quanto o namorado dela é maravilhoso, e, tipo assim, eu não tô nem um pouco à fim de ouvir essa merda. fiquei recordando de um acontecimento que ainda não tirei uma conclusão: ter tido um namoradinho no começo desse ano. um namoradinho bem bonito que eu nunca senti paixão alguma, uma pena, sério. o que adianta ser bonito só por fora? aquele moleque carente me dava nos nervos, eu não queria nem beijar. só que ele queria me beijar, queria pegar na minha perna, queria mandar bom dia, boa tarde, boa noite, e os caralho, urghh... vejo agora que descontei os meus descontentamentos no "coitado". poxa, era vitimismo pra lá, pra cá... ai, dá um tempo. beleza que eu falava umas coisas bem retardadas, mas eu tinha que aproveitar a atenção e o suposto amor verdadeiro dele, e acho que aproveitei um pouquinho. vi...

e o galo carijó

eu literalmente sonhava em ser como aquelas desgraçadas do tumblr com suas mechas rosas, azuis, desbotadas, com aquela carinha de modelo, seus couros cabeludos sebosos tãooo estilosos, roupas coloridas sem nexo algum, glitter, chokers... bahh  tinha um sonho curtíssimo que era eu com uma roupa azul futurística, um cabelão liso loiro, chapéu fofinho e branco — nada a ver. os meus cachos dourados e curtos não encaixam mais nessa nóia. os meus textos frenéticos não se encaixam nessa minha cobrança que venho tendo. sempre achei que eu nunca seria esse tipo de pessoa que se cobra até na suposta diversão, mas eu sou, e sou bem pior. eu sei que não deveria me importar tanto, só que, quem disse que eu não deveria me importar assim? eu deveria me importar até mais se quer mesmo saber. deveria ser o carisma mais falso, o cabelo frisado e seu babyliss nas pontas, a base nas olheiras, batom, blush: como uma boneca. roupas modestas, linguajar elegante, uma adolescente exemplar com suas notinhas...

joguem fora o surrealismo

Fico enrolando pra renovar a minha escrita. Tipo, não acho que vá haver uma grande diferença, talvez tenha mais na forma e no que eu vou começar a contar nos meus textos, porque eu meio que só escrevo sobre os meus sentimentos, tento transformá-los em palavras, mas não vêm do nada, tem um por quê. Então preciso contar junto de como me sinto, e assim, quando passar um tempo, vou reler e entender melhor o que a Giovaninha do passado quis dizer com as suas asneiras rotineiras. É importante pra mim ter registros para não esquecer de quem eu fui, de quem eu ainda sou (ou de como estou, já que tudo está em constante transformação). Além de que, quando escrevo e coloco os meus esforços nisso, não me sinto uma total inútil, tenho um “hobby”, não estou desperdiçando a minha adolescência apenas com futilidades e tédio. Vai me ajudar ainda por cima com redações, eloquência, vocabulário e blá-blá... Meus hobbies: comer, escrever e ter sonhos — que parecem mais pesadelos — semiconscientes. Os meus ...