tá calor pra caralho!
eu acho que não tô legal.
tipo, eu não tô legal mesmo.
já me senti e me sinto péssima e ao mesmo tempo livre por ter falado a verdade. mas aí, depois, vou lá e começo a fazer coisas que eu não quero realmente, em prol do quê? de coletar novas experiências? você tem merda na cabeça, é isso. você tem merda na cabeça e fica aí expondo o corpo e expondo as suas ideias narcisistas pra qualquer titica.
criar pastas novas com outros nomes não muda o que foi nem o que será. criar novos mundos, escutar outras músicas, ter pra si algum tipo de cativo e distração não é forma de doar o sangue pelo que foi passado com foice na tua pele — isso não é forma de vida. isso não é forma de matar e enterrar pra sempre; selar o que é assombrado. não é forma, nunca foi.
qualquer um poderia concordar comigo nesse quesito, não é...? bom, se não concordasse, apenas pensaria que você é estúpido e que eu sou muito melhor, muito mesmo. e, quando penso nisso, de ser muito melhor, quero dizer que me sinto tão diferente que poderia até me engolir por conta de tantas irregularidades.
e, quando escrevo meu nome, quando assino papéis, quando dói as minhas costas, quando sinto a poeira incrustada nas mãos, isto é: forma de viver desesperadamente pelo alívio.
ou seja: quero fuga, quero ilusão.
quando iludida sou, e quando fugitiva me torno, desejo que tudo que passou não só acabe, como reverta; reverta e faça nada disso ter acontecido. fazer preferir a fossa autêntica — conservada em imundícies legítimas — às tais porqueiras desgovernadas que chamam de "VIVÊNCIAS".
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