inexorável é o nome dela

quero fazer parte da sua demência.

demência essa que irradia...

e eu nunca tinha visto nesse formato de tragédia psicológica.

num formato prejudicado pelo plano, pelas eternidades "vivas", e a grande vontade — que vem tarde demais — de se mostrar sempre mais, só pra dizer que servi antes de fazer bobagens.
bobagens pra provar que não sou tão negativista.

pra tentar me ver sem ser tão subordinada e submissa.
fico sozinha, fico doente.
estou acompanhada, estou doente.

não tem termo, não tem acordo, não tem amor. e muito menos ódio, já que falta força até pra isso. falta garra, culhão. falta serotonina, falta afinidade.

vivo nessa repetição, nessa vertigem.
minha escrita só se repete, mesmo que diferente, mesmo que pareça que estou falando de outra coisa.
talvez pareça que estou sofrendo só um tiquinho pra poder escrever e fingir que domino.

é tudo no mesmo mal e papel e maluquices. é uma chatice, não posso negar. gostaria de não ter que perceber no meio de lágrimas, de risadas, de mastigadas, de dormidas, que corro e que quando não corro me movo do mesmo jeito e sempre para o mesmo fim.

o fim é a eternidade "viva" que reflete, suspira nela e que não muda.
me movo, tento me mexer, me dói, me morde, faço os caralho a 4 pra me convencer.
mas ela não é flexível, nem feliz, nem infeliz. é imóvel. por mais que me afete, não se afasta, não é eu.
ela me mata, me faz querer.

"vivo" pra te servir.


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