taciturno?
meu jeito parece de alguém zangado/cansado, de alguém arrogante. adolescentizinha chatinha que responde à mamãe nos filminhos da disney! parece alguma coisa assim, só que pior. sou brasileira. e diante disso, fica ridículo agir dessa forma, ou acusar alguém de estar agindo dessa forma. tipo, quem sou eu, e quem é você pra ser e pra acusar?
e vai ver eu tenho uma arrogância, sim, mas será que é só eu que preciso me alinhar?
sabe, com quantos funcionários você já não se emputeceu por estarem mal dispostos, com uma cara de cu e por aí vai?
isso não seria falta de empatia?
falta de, pelo menos, tentar se colocar no lugar do outro?
não digo isso querendo bancar a solícita que faz vista grossa pros mal-educadinhos, digo isso porque me dói, me EMPUTECE, ver a incompreensão, a falta de paciência, aquela raivinha que você quer descontar — mesmo que não valha nada pra ti depois —, pois DEUS ME LIVRE ser desrespeitado! eu sou alguém com uma grande reputação a zelar; com uma grande autoconfiança!
e você, um atrevido, deveria ser mais grato.
eu deveria ser mais rica, pra não ter que frequentar nenhum lugar que estejam presente esses dois elementos:
o embuste & o desacatado.
ah, tem um outro elemento — o "eu". mas também pode ser você!
o hipócrita.
saiba que eu não me emputeço verdadeiramente. me dói apenas. dói saber que eu poderia muito bem ser a imbecil (vulgo: embuste) e o sem-vergonha (vulgo: desacatado). e, nos dois lados da moeda, eu gostaria de ter o devido respeito que, por algum motivo, a minha pessoa acha que merece.
ser feito de idiota, de hipócrita, de malcriado, de insultado... puta chatice!
nesses momentinhos, não sou cara nem coroa. sou a borda, o que faz ser roda, beira, sei lá qual que é a caralha do nome. intermediária.
aquela coisa de, quem sofre o bullying, de quem faz o bullying e de quem vê. ver = intermediário.
todos vemos, e todos podemos ser.
quase todos.
todos com o seu mais primitivo ódiozinho, não é? ah, eu não quero ser grossa, não quero tratar ninguém com desdém. só de vez em quando.
hãã... me perco rápido.
então, sendo a roda, beirada, devo confessar a minha solidão, já que não tenho uma coroa, não tenho uma cara.
em que lado estou? eu deveria estar em um lado? estou num processo de modo quase confessional.
e, quando eu confessar algo profundo sobre mim, não dê risada, não zombe. e, pelo amor de Deus, não fique bravo comigo. confissões, as minhas, são meio que puras, de um jeito esquisito e até que singelo.
de um jeitinho desocupado de ser, porque sou uma adolescente e eu posso, e eu poderia mesmo se eu não fosse uma.
REPETINDO:
quem sou eu, e quem é você pra querer ditar alguma coisa...?
então, já vou ditando, a regra — que não é regra — é clara:
se não me aguenta, não encara!
se eu não te aguento, não encaro!
tentamos, mas HÁ DE FALHARMOS.
não porque "somos inconsequentes, somos ingênuos, somos fraquinhos!!", com esses papinhos furados de plantão.
é porque somos hipócritas.
e, na minha hipocrisia, tem a solidão pra servir de companhia.
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