ferro vermelho

eu não preciso me matar de esforço. só preciso sentir. e, pelo que vi nas minhas escritas de alguns meses atrás (fevereiro, março, abril, mais ou menos), era satisfatório — não só pela escolha de palavras, mas também por causa do sentimento que foi posto ali. honesto. por mais até que eu não me lembre — já que o sentimento não é mais o mesmo —, ainda vejo a violentidade não sendo estritamente violência, mas, juntamente, necessidade de rubor no que se escreve. 

máquina escreve com gasolina. 

a quase-máquina escreve com tinta. 

só que, de tanta dor que sentiu no pulso pela maneira errada com que segurou o lápis ou a caneta todos esses anos, poderia muito bem ser com sangue. 

ferro vermelho. nunca vi. 

apesar disso, deve ser bonito quando colocado da maneira certa no plano.



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